30 de dezembro de 2010

Reflexões de um velho poeta sem expressão nacional sobre o fim de ano

Este assunto já está saturado sobre o que os seres pensantes e principalmente conscienciosos acham sobre o Natal e o Ano Novo. Não vou aqui apontar críticas mais uma vez duras e severas a grande massa dos cristãos que comemoraram datas festivas sem saber o sentido de ser e o porque se comemora tal data. Como exemplo, poderia dar o símbolismo da árvore de Natal, do Ovo de Páscoa ou da Vela.

Gosto de dar vozes à pessoas desconhecidas no campo cultural, das artes. Pessoas que considero que tem algo dizer, algo sincero e verdadeiro. Será o único ano (final de ano) que escreverei sobre este tema já bastante abordado em vários blogs. Por isso postarei um poema do poeta Paulo Manuel de Macedo, que por sinal é cristão!!

ANO VELHO-NOVO

Fim de Ano,

todo ano é a mesma hipocrisia:

Papai Noel, Feliz Natal,

será Natal, que ironia.

Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

Será Novo?

A ambição na família

unidas pela ganância do poder,

teremos esperança para viver?

A guerra fria,

é Fim de Ano, que alegria.

A miséria e a fome

é Ano Novo, brindemos ao homem

saúde! que saúde?

O câncer, a Aids, a dengue, a cólera...

O Ano Novo inicia...

Serei Feliz? Espero, por um dia!

Muito dinheiro? Que maravilha!

E a saúde? Vai melhorar;

E a casa própria? Vou esperar financiar;

E o trabalho, me dê uma chance, vou procurar.

Novo Ano...

Mais velha minha vida.

Nova vida, e eu, mais velho.

Esperança nova, a minha velha, cansou de esperar.

Novo amanhecer, espero acordar pra ver.

Novo começar, mas eu,

já estou voltando ao meu lugar.

Espero encontrar vazio

para poder descansar em paz.

22 de setembro de 2010

2200 anos separam Isaac Newton dos filósofos pré-socráticos

Ao lado a primeira lei e a segunda lei de Newton, escritas em latim, na edição original, de 1687.
 
Irei me arriscar a escrever sobre um tema que possivelmente alguns não irão me entender se eu não escrever o mais claramente o possível e se vocês não souberem o mínimo sobre física clássica do ensino médio.
 
Esse é mais um post sobre educação, o primeiro eu falei sem estar evidentemente escrevendo somente sobre educação, quando falei a respeito da maiêutica.
 
Qual é a relação entre Isaac Newton e os filósofos pré-socráticos? Para ilustrar este assunto, irei usar uma experiência pessoal pela qual se não fosse ela eu talvez nunca fosse perceber essa relação.




Uns 4 anos atrás mais ou menos um professor de física dando aula sobre Dinâmica a respeito da lei da gravitação universal e as três leis de Newton me explicou como surgiu a fórmula que estávamos estudando. A partir daí, aprendi como todas as fórmulas se originam, mas não como alguns estão pensando agora que a resposta a minha pergunta tenha sido por exemplo, que uma fórmula do Eletromagnetismo surgiu de uma da Dinâmica, não... isto seria simplório demais. Vou explicar agora o que nós dialogávamos. A fórmula a qual nós estávamos discutindo era esta:


Ele como um verdadeiro estudioso da física e mais do que isso, um excelente profissional da educação, ensinava física aos moldes do que deveria ser hoje em dia, explicando não somente que os corpos materiais originam campos gravitacinais no espaço que os cerca sendo a Terra um deles ou explicar a força que o campo gravitacional terrestre exerce sobre as massas e partículas na Terra, nem somente dizer de que fórmula surgiu esta citada acima, muito menos explicar no quadro negro como fazer a fórmula e como retroceder a fórmula a partir do resultado para explicar como se chegou àquele ponto, mas sim também e não somente, explicar porque se divide as massas pela distância entre os dois corpos ao quadrado, porque existe uma "potenciação ao quadrado", porque existe uma radiação em algumas fórmulas, associando a explicação destes porquês aos próprios fenômenos que estão sendo estudados, elucidando de uma fórmula simples que um leigo no assunto entenderia facilmente. Esse era o estilo de dar aula do professor de física que me ensinou esta matéria a mais ou menos quatro anos atrás e que até hoje não vi um profissional da educação fazer o que ele faz para ensinar física, ensinar de uma maneira didática e que a gente veja funcionalidade no que a gente aprende para a vida prática, para o cotidiano! Muitas vezes os estudantes vêem a matéria sem utilidade prática, e perguntam "Porque preciso aprender Juros Simples em Matemática Financeira se não vou usá-la para nada?", "Porque preciso estudar lei dos senos e dos cossenos se não vou ser arquiteto e nem mesmo o arquiteto usa isso na sua profissão?" ou exclamam "Estudar história não faz sentido, não consigo compreender o modo de vida da sociedade de antigamente, o que o professor explica não me faz parar de ter uma idéia estática daquela sociedade, porque me sinto apático quanto aquela sociedade. Ele está me ensinando coisas irreais, fantasia!". Há uma debilidade no ensino fundamental e médio mesmo em escolas particulares por conta de professores que mesmo eles não entendem a profundidade do que estão ensinando e do que aprendeu ao longo de anos, não somente por culpa dos governadores - como a maioria faz só culpando o governo -, mas pelo próprio desinteresse do profissional em estudar seriamente o que ele decidiu passar a sua vida ensinando. Entre outros fatores de uma péssima educação.

Me surpreende como nós não percebemos a relação de uma coisa com a outra, nós ainda não temos o hábito de questionar as coisas, não conseguimos ver as coisas com os olhos de um artista, tudo para nós é tão normal! Não somos mais tão capazes de nos adimirarmos com as coisas, porque já estamos habituados a elas, como disse Jostein Gaarder no livro O Mundo de Sofia. Não nos perguntamos porque e de que diabos surgiu uma radiciação, uma potenciação numa fórmula, ninguém pergunta como só utilizamos a radiciação em algumas fórmulas e em outras não, nem porque utilizamos uma estrutura matemática para alcançar a realidade através do pensamento, ou como nossos sentidos percebe a maneira como a estrutura matemática aparece para nós sob a forma de qualidades opostas, como os números pares e ímpares, quente-frio, seco-úmido, áspero-liso, claro-escuro e etc. Esses questionamentos de dualidade já tinham sido feitos por Pitágoras. Para Pitágoras, a resposta a este problema que não perguntamos é que as qualidades sensoriais que nos aparecem e a estrutura invisível da Natureza é de tipo matemático e alcançada apenas pelo intelecto, ou inteligência. Mas porque só por meio de estruturas matemáticas explicamos a realidade ao nosso redor? Será que não existe outro meio?

Isaac Newton escreveu um livro que explicava o que esse meu ex-professor ensinava na sala de aula, como se produzia uma fórmula para explicar tal fenômeno entre outras coisas. Este livro é o Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural) considerado um dos mais influentes da História da Ciência. Somente pelo que já falei até agora seria o suficiente para se provar a relação que existe entre Newton e os filósofos pré-socráticos, já que Pitágoras de Samos é um pré-socrático da Escola Itálica, mas não termina aí a relação que percebi entre eles.

Os filósofos pré-socráticos estudam um conteúdo definido, a cosmologia, conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza. Pergutavam por que os seres humanos nascem, crescem, envelhecem, ficam doentes e morrem; por que chove; por que uma maçã se estraga; por que em lugares altos como a montanha faz mais frio do que em lugares baixos se o pico de uma montanha está recebendo mais radiações solares por estar mais próximo do sol; por que o céu é azul entre outras perguntas. As principais características da cosmologia que estudam a origem do mundo e as causas das transformações da Natureza são:
  • Tudo se transforma, sem desaparecer, assumindo uma forma diferente;
  • O elemento eterno, perene onde as coisas nascem e para onde voltam é invisível ao olho nú mas visível para o pensamento (physis, o elemento primordial eterno), que dá origem a todos os seres vivos diferentes, princípio gerador imortal sendo o que ele gera mortal; e,
  • Devir, regido pela physis, princípio fundamental do mundo.
Todos esses três pontos se transformam em um, todos centrados na physis. Para Tales esse princípio gerador era a água, tudo viria da água; para Anaximandro, o ilimitado sem qualidades definidas; Anaxímenes considerava o ar ou o frio; Heráclito o fogo; Leucipo e Demócrito o átomo.

Mais do que estudar de onde tudo se origina, eles estudavam e tiravam suas conclusões a partir de quase nada, a "ciência" naquela época era mais precária do que se podia imaginar. Eles se utilizavam da intuição e da dedução para solucionar seus problemas, logicamente que todas as conclusões a que chegavam, independentemente de estarem corretas ou não, eram baseadas no bom senso e em muita imaginação, pois não tinham instrumentos elaborados para medir, testar e comprovar, não tinham telescópio para descobrirem mais informações a respeito da physis. A genialidade dos pré-socráticos estava em gerar um conhecimento a partir de raríssimos pontos de referência que o ajudassem a progredir no conhecimento, sem se utilizar dos mitos e de fundamentos religiosos para explicarem tudo o que está ao seu redor. Sendo o maior expoente da época ao meu ver Hipócrates, o pai da medicina, que achava a explicação de doenças e suas curas nos próprios fenômenos que ocorriam no corpo da pessoa, sem atribuir causas a divindades e entidades que estavam interferindo na vida humana por motivos de causas morais e éticas de sua vida.

Isaac Newton partiu de poucos pontos de referência para gerar um novo conhecimento, a descoberta do cálculo, onde principalmente ele nos mostra como ele prova que o mundo é cognoscível através das estruturas matemáticas. A complexidade de seu pensamento, o questionamento de coisas que até então não despertavam o interesse dos outros pensadores porque estavam habituados com os objetos com os quais trabalhavam, o separa dos pensadores que vieram após os filósofos pré-socráticos. Ele deu sentido ao complexo jogo de fórmulas que eram utilizados na física para explicar os fenômenos da Natureza, partindo do princípio de René Descartes de que devemos voltar ao ponto zero do nosso conhecimento e reavaliar o que aprendemos e o que é dito como verdade nos dias de hoje para se provar por A+B as pequenas verdades para chegarmos em um conhecimento seguro e sólido. Newton apresenta no seu ser o que muitos pensadores ignoram inconscientemente, conhecer o que não está sendo percebido por ele. A frase de Descartes ilustra bem isso: "Daria tudo que sei pela metade do que ignoro". Por isso que volto a afirmar que mais ou menos 2200 anos separam Isaac Newton dos filósofos pré-socráticos. Considerando que por 1000 anos a ciência não se desenvolveu aos moldes gregos e que só no mundo moderno a partir de Newton o modo de pensar pré-socrático (pensamento intuitivo, imaginativo e criativo, com base em poucas premissas utilizada para descobrir novas coisas e vislumbrar o que os olhos do espírito teimam em enxergar) voltou à tona.

19 de setembro de 2010

Fundamentalismo x Fundamentalismo Mascarado (Parte III)

Última parte do post Fundamentalismo x Fundamentalismo Mascarado...

Considero mais importante do que ler obras de anarquistas que se envolveram em lutas e em conflitos políticos ou de simpatizantes do movimento, ler obras de historiadores que escreveram sobre o movimento, principalmente se este historiador for um anarquista. Mas por qual razão? Porque o historiador utiliza o método científico (método historiográfico) para desmistificar assuntos que as pessoas geralmente caem no erro, como achar que a Guerra de Secessão nos E.U.A. aconteceu para abolir a escratura, quando era para unir o Norte e o Sul, e para isso, se fosse necessário a abolição da escravidão, se faria, se fosse necessário a permanência da escravidão, também se faria a permanência. Os mesmos "mitos" acontecem em relação a Revolução Mexicana, na Proclamação da República no Brasil. É o historiador que estuda o atual estado da arte de um determinado assunto. Por estado da arte, pode-se entender que são as condições atuais sobre um estudo, é até onde a ciência chegou a um conhecimento sobre aquele tema, descobrindo até então o que não era verídico do que foi, se aproximando cada vez mais de uma verdade. Essa precaução serve também para evitar que trabalhos produzidos sejam considerados como plágio, para justamente a pessoa não estudar coisas que já se chegaram a uma determinada conclusão e sim produzir outros conhecimentos novos sem perda de tempo e dinheiro. Ainda assim podem me perguntar se não é pior ou se não seria mais cauteloso ler um livro de um historiador que não seja anarquista a fim de evitar as opiniões e preconceitos de uma pessoa movida por suas paixões sobre o movimento anarquista. Posso afirmar com convicção que o melhor a fazer é ler sobre um historiador anarquista, porque ambos são movidos por paixões, o historiador que estuda sobre este assunto mas que não é anarquista também emite juízos de valores movida por suas paixões e preconceitos, não existe historiador que passe uma vida inteira estudando e se especializando em um tema específico que não seja movida a estudar aquele assunto que mexe com a sua cabeça, com o seu íntimo (não que eu conheça, alguém conhece?). Ainda assim, é completamente diferente ler um historiador anarquista movido por suas paixões e ler um anarquista movido por suas paixões que escreveu sobre o anarquismo, que não se pauta em métodos e bases científicas e não faz uso documentos de época como tanto os documentos atuais e as mais novas fontes historiográficas descobertas sobre este tema.
 
 

Por estes motivos vou indicar um último autor anarquista que foi historiador e arquivista. Foi conhecido pelo seu pseudônimo de Edgar Rodrigues, nascido em Portugal e radicado no Brasil em 1951, após fugir da perseguição ditatorial de Salazar em seu país. Seu nome verdadeiro é Antônio Francisco Correia, nasceu em Angeiras na data de 12 de março de 1921 e morreu no Rio de Janeiro no dia 14 de maio de 2009. Principalmente por ter vivido seus últimos dias de vida na nossa época, e por nos sentirmos mais identificados com o que não nos é estranho em relação a espaço e tempo, que indico para leitura todos os livros desse ativista. Cito agora as obras que ele escreveu em vida:
  1. Na Inquisição de Salazar (1957);
  2. A Fome em Portugal (1958);
  3. O Retrato da Ditadura Portuguesa (1962);
  4. Portugal Hoy (Venezuela) (1963);
  5. Socialismo: Síntese das Origens e Doutrinas (1969);
  6. Socialismo e Sindicalismo no Brasil (Movimento Operário 1675/1913) (1969);
  7. Nacionalismo e Cultura Social (1913-1922) (1972);
  8. Violência, Autoridade e Humanismo (1974);
  9. Conceito de Sociedade Global (1974);
  10. ABC do Anarquismo (Lisboa-Portugal) (1976);
  11. Breve História do Pensamento e das Lutas Sociais (Lisboa-Portugal) (1977);
  12. Trabalho e Conflito (Greves Operárias 1900-1935) (1977);
  13. Novos Rumos (1978);
  14. Deus Vermelho (Porto-Portugal) (1978);
  15. Alvorada Operária (Os Congressos 1887-1920) (1980);
  16. Socialismo: Uma Visão Alfabética (1980);
  17. O Despertar Operário em Portugal (1834-1911) (1980);
  18. Os Anarquistas e os Sindicatos em Portugal (1911-1922) (1981);
  19. A Resistência Anarco-Sindicalista em Portugal (1922-1939) (1981);
  20. A Oposição Libertária à Ditadura (1939-1974) (1982);
  21. Os Anarquistas - Trabalhadores Italianos no Brasil (1984);
  22. Os Trabalhadores Italianos no Brasil (Itália) (1985);
  23. ABC do Sindicalismo Revolucionário (1987);
  24. Os Libertários: Idéias e Experiências Anárquicas (1988);
  25. Quem Tem Medo do Anarquismo? (1992);
  26. O Anarquismo na Escola, no Teatro, na Poesia (1992);
  27. A Nova Aurora Libertária (1946-1948) (1992);
  28. Entre Ditaduras (1948-1962) (1993);
  29. O Ressurgir do Anarquismo (1962-1980) (1993);
  30. Os Libertários (1993);
  31. O Homem em Busca da Terra Livre (1993);
  32. O Anarquismo no Banco dos Réus (1969-1972) (1993);
  33. Os Companheiros - 5 volumes - de A a Z (1994);
  34. Diga Não à Violência! (1995);
  35. Sem Fronteiras (1995);
  36. Pequena História da Imprensa Social no Brasil (1997);
  37. Os Companheiros (1998);
  38. Notas e Comentários Histórico-Sociais (1998);
  39. Pequeno Dicionário de Idéias Libertárias (1999);
  40. Universo Ácrata - Vol.1 e Vol.2 (1999);
  41. Biblioteca Sorocabana (Vol.1 - História e Memória) - teve participação (2005);
  42. Rebeldias (4 volumes, 2005-2007);
  43. Um Século de História Político-Social em Documentos (Vol.1 e 2 - 2006 e 2007);
  44. Lembranças Incompletas (2007); e,
  45. Mulheres e Anarquia (2007).
Uma extensa lista que evidencia a pequenez de quem quer se achar mais entendido do que o outro sobre anarquismo, de quem quer se achar o monstro intocável em relação a anarquismo. Isso também vale para comunistas e afins. Se uma pessoa do naipe de quem se acha o maioral conversasse com Edgar Rodrigues, logo baixaria a bola frente a ele, se sentiria uma criança indefesa. E isso porque só foi falado de obras que estudam profundamente o anarquismo no Brasil e em Portugal!! Mas também há obras em um contexto geral no mundo, observe e verá elas entre a lista que citei.
 
 

Caso queiram conhecer mais sobre a biografia do historiador anarquista Edgar Rodrigues, acessem o site do Sindicato de Artes e Ofício Vários de Campinas abaixo:
Agradeço aqueles que leram esses três posts sobre Fundamentalismo x Fundamentalismo Mascarado por inteiro. Comentários nos três posts são bem-vindos!

Fundamentalismo x Fundamentalismo Mascarado (Parte II)

Continuação do post anterior...


Enquanto ando por comunidades e comunidades no orkut procurando conhecer novas bandas de hardcore para baixar, acabo passando por comunidades de bandas de punk rock porque as indicações no post da comunidade feitas por membros diziam que aquela banda era de hardcore somente. Ao passo que investigo a comunidade para saber se a banda é de hardcore mesmo ou não antes de baixar o som dessa banda, vejo posts em todas as comunidades de punk rock que indicam as bibliografias mais básicas sobre anarquismo como:
  • História das Idéias e Movimentos Anarquistas. Vol.1 A Idéia e Vol.2.O Movimento, de George Woodock
  • A Desobediência Civil, de Henry David Thoreal (editora L&PM Pocket)
  • A Propriedade é um Roubo, de P.J.Proudhon (editora L&PM Pocket)
  • Textos Anarquistas, de Bakunin (editora L&PM Pocket)
  • Não Devemos Nada a Você!, de Daniel Sinker (Edições Ideal)
  • Una Gira En Sudamerica: Com o Conjunto de Música Rock MERDA, de Fabio Mozine (Edições Ideal)

Terminando o post com a pessoa que indicou os livros acima pedindo pro pessoal indicar mais obras. Me pergunto se em todas essas comunidades de bandas de punk rock - onde evidentemente se encontram muitos anarquistas participando delas - os membros são muito egoístas para dividirem com os outros sua bibliografia ou se a grande maioria não sabe muito sobre anarquismo e a minoria que sabe não divulga seu conhecimento. Sei muito bem que a segunda hipótese é o que acontece, pois na própria comunidade vejo pessoas desinformadas agradecendo essa medíocre bibliografia com a qual irá ler o primeiro, o quinto e o sexto livros citados acima, para tomar nota sobre como, porque, quando e onde começou tudo. Reafirmando o que disse no post anterior, conhecem superficialmente sobre certa ideologia e mesmo quando um chega a conhecer muito, não consegue "transcender" o que sabem, são ináptos para superarem sua concepção de política e gerarem outra, uma que corresponda ao tempo de hoje, que não se identifique nem de perto com o socialismo, nem com o neoliberalismo. Se tornam eternos discípulos de seu(s) mestre(s). Se forem defender com fervor e fanatismo seu ideal, se aprofundem ao menos, não banquem os fodões, tenham ao menos um pouco de humildade (virtude que nos dá o sentimento de nossa fraqueza) e sejam mais sinceros consigo mesmos. Comecem a montar sua biblioteca em casa sobre anarquismo primeiro antes de saírem por aí fazendo e acontecendo, com sua revolução, rebelião e filosofia libertária. Emulem sua concepção de política antes de reivindicarem algo abruptamente.


Se tem alguma coisa de útil e valiosa que aprendi enquanto estou me graduando em História foi em matérias de Teoria da História como: Introdução à História, Metodologia da História e Teoria da História. São matérias que se utilizam de métodos científicos voltados à História. Nelas aprendi conceitos, aportes metodológicos e técnicos da História como Temporalidade, Comparação (análise das estruturas sociais), Quantificação, Singularidade, Generalidade e Historicidade. Dessas, somente a Temporalidade, a Singularidade e a Historicidade nos interessa agora. Singularidade é uma das características mais marcantes da História, ela nos afirma que a história apresenta fatos e acontecimentos singulares, únicos. Que o que passou, passou e não se repete mais. O historiador por causa disso não pode ser o observador do fenômeno que já ocorreu, devido a isto, lhe resta estudar o passado por meio de "documentos incidiários" como disse Julio Aróstegui; somente por meio de documentos do passado teremos um testemunho do que se ocorreu em determinada época, a partir da ótica de quem escreveu aquele documento. A Temporalidade se refere a maneira e os cuidados como iremos estudar a história, evitando anacronismos. É um aporte metodológico que nos auxilia a entender e tentarmos interpretar como viviam os homens de séculos atrás, como sentiam, como amavam, como encaravam determinados acontecimentos... seus valores, o que era considerado normal (dentro dos padrões) ou não, em resumo, tudo o que se relaciona com idiossincrasias. Por fim, Historicidade é a característica quase que inata a um objeto ou a uma pessoa. Um antropólogo nunca iria dizer que um pergaminho escrito a tinta por meio de uma pena de uma ave foi produzido no Paleolítico ou na América no tempo dos Incas, Maias e Astecas. Muito menos supor que um vaso chinês que foi encontrado em um país na América Latina seja prova de que os chineses passaram lá na América Latina antes mesmo da época em que começaram a se produzir os tais vasos na China se ele tiver o mínimo de conhecimento de sua Historicidade. No máximo dizer que o vaso pode ter chegado lá tal ano após ter sido fabricado os primeiros vasos em diante. Os conceitos de Temporalidade, de Singularidade e de Historicidade provam que a história é um eterno devir, em constante mudança, um conceito que vem desde os pré-socráticos com Heráclito de Éfeso com sua famosa frase "Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma mesma substância mortal no mesmo estado; por causa da impetuosidade e da velocidade da mutação, esta se dispersa e se recolhe, vem e vai." e que foi também usado esse conceito na Índia por Sidharta Gautama (Buda) em seus ensinamentos. Por esses três motivos afirmo que "...mesmo que alguém ou alguma força tentasse implantar em algum país capitalista o comunismo (regime político ultrapassado), este projeto ou intento estaria fadado ao fracasso". Não somente o comunismo como o anarquismo, governos monárquicos e etc. O contexto histório é outro, a cultura e o modo de pensar dos povos hoje em dia impossibilitam ações dessa natureza. Fora que anarquismo, socialismo e outros "ismos" não passam de utopias criadas por autores teóricos que desconheciam a natureza do ser humano. Apesar do neoliberalismo ser desumano e apresentarem falhas em muitos pontos, é a concepção de política que mais compreende a natureza do ser humano. Reitero que não sou a favor por completo do neoliberalismo apesar de aparentar ser, somente estou constatando o que vejo; sou a favor de um modelo de regime político que não seja ultrapassado. O neoliberalismo por enquanto é a bola da vez, corresponde ao seu tempo histórico (Temporalidade), é um acontecimento ímpar (Singular) e está vivendo em meio a homens produtos de seu tempo (Historicidade), e sei que mesmo sem todos lutarem por um regime político inovador (pois nem todos pensam igual), este irá aparecer mais cedo ou mais tarde, assim como a Igreja Católica irá cair e se desmoronar como aconteceu com os maiores impérios já construídos até hoje, porque nada é eterno! Por enquanto é preciso vivermos o presente almejando o futuro com idéias e ações inovadoras.


Reafirmo que não sou anarquista, mas irei indicar obras e autores anarquistas na esperança de ao menos uma alma viva transpor seus ideais. Aqui são alguns autores ou somente anarquistas conhecidos internacionalmente:
  1. Alan Moore
  2. Anselme Bellegarrigue
  3. Benjamin Tucker - defensor do anarquismo individualista
  4. Buenaventura Durruti
  5. David Henry Thoreau
  6. Élisée Redus
  7. Emily Henry
  8. Emma Goldman
  9. Errico Malatesta
  10. Georges Sorel
  11. Hakim Bey - também historiador e pesquisador do Sufismo
  12. Kate Sharpley
  13. Kropotkin
  14. Leon Golgosz
  15. Leon Tolstói - teórico do anarquismo pacifista
  16. Louise Michel
  17. Mary Wollstonecraft - ativista libertária e precursora do feminismo
  18. Max Stirne - anarquista individualista
  19. Noam Chomsky - adepto do socialismo libertário
  20. Ravachol
  21. Ricardo Flores Magón
  22. Rudolf Rocker - anarco-sindicalista
  23. Serguei Guennadievitch Netchaiev
  24. Voltairine de Cleyre
Este post termina por aqui, mas terá a terceira e última parte para mostrar a última bibliografia anarquista e que considero de grande relevância para qualquer anarquista que se preze. Então espero que quem esteja lendo tenha paciência para ler o que escrevo até o fim...

18 de setembro de 2010

Fundamentalismo x Fundamentalismo Mascarado (Parte I)

É incrível notar como a grande maioria das pessoas que defendem geralmente uma ideologia ou uma opinião conhecem muito superficialmente sobre o assunto. Eu por exemplo, tenho alguns colegas que se dizem ser isso aquilo e aquele outro, mas quando indagados por mim sobre o assunto, às vezes me dizem não saber a resposta, outras vezes inventam algo para não passarem mal na minha frente ou fazer feio quando estamos em uma roda de colegas conversando sobre aquilo. Tudo isso para não se mostrarem ignorantes sobre o tema. E, no entanto, tudo o que faço é incitar o outro com perguntas sobre tal ideologia ou crença para conhecê-la melhor e mostrar a pessoa que se ela for defender sobre o assunto com fervor e fanatismo - e quando digo fanatismo, não me refiro somente ao fanatismo religioso! -, que procurem se adentrar no assunto profundamente. Mas tudo o que fazem depois de lhes evidenciar sua ignorância, é sentirem preguiça de ler e deixar como está. Porém, não faço isso com propósito de me sentir mais inteligente ou superior a pessoa (não sou contra essa última palavra, me cai muito bem ao meu gosto), mas simplesmente porque acredito que muito das vezes a pessoa admite seu erro ou vê algum problema diante de seus olhos que ela nunca tinha percebido até então somente quando ela própria enxerga o ponto fraco de seu conhecimento, a má base do que aprendeu ou achava que sabia a respeito.
 
Raramente uma pessoa enxerga alguma falha ou assume que estava errado quando o outro o cricita, mesmo não sendo uma crítica negativa. O ser humano não gosta de receber críticas. Simplesmente uso do método socrático, a maiêutica. 90% das vezes quando faço esses tipos de perguntas simples e articuladas dentro de um contexto, eu mesmo não tenho conhecimento sobre o assunto. Prefiro saber pouco sobre determinado tema, do que uma profusão de saberes superficialmente. Isto me lembra uma frase de São Tomás de Aquino: "Timeo hominem unius libri", que quer dizer "Temo o homem de um livro só", ou seja, "O homem que só conhece um livro, mas que o possui bem, é um adversário terrível". É claro que ele falou isso se referindo à Bíblia, mas podemos usá-la de modo geral aqui. Porém nem todos são adeptos dessa opinião porque querem ter do que serem lembrados, lhes incomoda o fato de não terem espectadores. Em geral gostam de terem mulheres como testemunha de sua sabedoria, faz parte do galanteio ser um homem versátil em várias artes. Conhecedor de saberes universais, dos mistérios da vida. Afinal vão me negarem o fato de que vocês não gostam de serem o macho dominante no relacionamento, onde a mulher aceita passivamente o que vocês dizem porque vocês são superiores em inteligência? Mas não para por aí, não basta somente as mulheres, os amigos tem que provar do néctar de sua providência, ainda mais quando todos os amigos de seu círculo social não seguem os padrões da sociedade! Ele tem que ser o líder da matilha também, porque não??? Afinal estão disputando território. Quem se dá melhor sobrepuja o outro. Todavia não irei defender as mulheres sob todas as prerrogativas, seria inocência de minha parte crer que as mulheres não têm culpa nisso. Irei falar sem papas na língua e sem pudor. Grande parte da culpa são das próprias mulheres que são descabidas e desmedidamente não pensam (nem todas, não vão me crucificarem ou me queimarem na fogueira por causa disso), influenciadas pelo meio, pela sociedade pós-moderna (observe-se que não sou contra por completo a este respeito, há sempre o que se tirar de proveito de cada coisa), querem ter o marido perfeito, um apartamento amplo e espaçoso, uma televisão de cinema na sala, um carro importado e viverem de fantasia. Repito! A grande maioria das mulheres não têm o hábito de pensarem, é claro que isso não é exclusividade das mulheres, mas o homem comparado a mulher é menos preocupante, como podemos comprovar na história. E não me venham com aquela história de que "o homem por muito tempo prendeu nossa liberdade num cativeiro" porque parte das mulheres daquela época não enxergavam problemas e não achavam absurdo o fato de serem subordinadas aos homens, assim como alguns homens não vêem problemas em cozinharem e fazerem tricô e serem vistos por seus amigos como maricas. Sempre há alguém que não vê problemas aonde nós vemos e acham absolutamente estranho e anormal ver uma pessoa querendo acabar com aquela realidade a qual eles vivem.
 
Por raramente enxergarem uma falha ou assumirem seus erros me utilizo do método socrático. Vejo a maiêutica como uma solução alternativa para fanáticos e pessoas de mente fechada evoluírem no seu pensamento (não a única alternativa, a educação bem guiada sem impor suas idéias sobre os seus pupilos é outra dentre as que existem), seja essa evolução regressa ou progressa, no entanto, não me importa com qual valor querem julgar o que progride do que não progride. Se tudo é relativo, o importante no final das contas é constatarmos uma mudança, é estabelecermos valores com o qual podemos nos guiar. A maiêutica é uma das alternativas que serve para derrotar todo e qualquer tipo de radicalismo, de fundamentalismo (mesmo não havendo solução para todos os tipos de problemas). Desconheço até hoje de um caso que tenha sido resolvido ou convencido alguém através de gritos, de querer dizer que você está certo e o outro está errado (as guerras religiosas acontecem por conta de imposição de idéias), isso pra mim já é um radicalismo...
 
Todo ser humano (para não dizer a palavra "homem") necessita estar em constante processo de quebrar tabus, derrubar barreiras, transgredir paradigmas, deixar de lado velhas teorias ou doutrinas retrógradas, isso é a verdadeira EMULAÇÃO DO PENSAMENTO!
 
Essa postagem terá continuação...

Lei da Ficha Limpa. Qual sua real e efetiva validade contra a corrupção?

Esta lei foi um Projeto de Lei de Iniciativa Popular como todos sabem, e toda lei desta natureza precisa apresentar 1% das assinaturas de toda população eleitoral do Brasil para ser apresentado ao Congresso Nacional, ser aprovado e finalmente sancionado pelo presidente. A lei visa proibir a candidatura de candidatos que cometeram crimes eleitorais, lavagem ou ocultação de bens entre outras coisas mais, para isso se vasculha a vida anterior do candidato.

Para se interarem sobre quais candidatos estão registrados no site que a Abracci (Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade) criou junto como o MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) e estão com seus dados "vistoriados" digamos assim, acessem: http://www.fichalimpa.org.br/

Ou para se interarem na íntegra sobre a Lei da Ficha Limpa e o que nela contém, acessem: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp135.htm#art2

Mas no fundo sua efetiva força contra a corrupção não passa dos casos de corrupção que são descobertos e provados. Nenhum candidato vai fazer declarações ou divulgar o quanto roubou/desviou ou o quanto gastou irregularmente. Uma quadrilha de lavagem de dinheiro sabendo se articular com destreza e maestria, continuará roubando, superfaturando obras entre outros subterfúgios mais. Se um candidato é pego, ele será julgado por três órgãos, um número exagerado, visto em conta que se só um órgão julgasse, além do trâmite ser mais rápido, como seria o único órgão a julgar um caso, teria que prestar contas ou mostrar sua eficiência a sociedade. Mas como existem três (TRE de cada estado, TSE e STF), se dois julgam contra o candidato e o último a favor, o TRE e o TSE podem lavar a mão dizendo que fez o que tinha que fazer e a não impugnação de um candidato seria considerado uma mera fatalidade, um acaso. Mas como não há como extinguir dois órgãos nem é possível, pois esses três órgãos fazem funções diferentes e não somente esta, temos que assistir o desenrolar do espetáculo esperando bons resultados.

Digamos que Roriz seja vetado pelo STF e fique inelegível, ainda assim a corrupção é possível de se continuar, principalmente pela transferência de votos, candidatos como Roriz conseguem por sua família no poder, basta ter o sobrenome do Roriz e ter apoio do próprio e já estão eleitos, graças à política populista. Com isso a fama desses candidatos da família faz com que eles consigam cargos de deputados e governador, até mesmo como senadores, podendo desviar mais dinheiro através da experiência do Roriz e do poder político que ele tem mesmo estando fora do cargo. Cria-se um ciclo vicioso onde mesmo sendo pego por corrupção, a mesma não acaba por sempre existir outro para roubar por ele (a). Essa é uma hipótese viável, gerando assim a perpetuação da roubalheira. Nem preciso dizer do poder de transferência de votos que o Lula tem e o monopólio de poder na presidência que ele pode criar a favor do seu partido, governando legalmente por vários anos como o Hugo Chavéz porque a constituição e as leis eleitorais permitem né?

Essas foram algumas das alternativas que imaginei, existem outras que não tenho ciência, mas que um candidato sagaz e perpicaz o suficiente pode achar como solução para os seus problemas, principalmente porque o brasileiro é criativo, e acha furos para burlar a lei, onde uma constituição que é uma verdadeira colcha de retalhos favorece estas ações.

Por fim, é incrível como o brasileiro criou outra lei que é incompleta e não dá solução aos anseios da sociedade, mas não podemos por isso descartar a validade e a utilidade da lei nos casos citados acima e que vocês irão ver ao observarem todos os ângulos que essa lei complementar alcança ao lerem-na no segundo link que postei anteriormente.

17 de setembro de 2010

Diretrizes e Bases do blog Covil da História

Este blog já funcionava desde setembro de 2010 porém, sob outro nome, se chamava Emulação do Pensamento e possuía um viés filosófico. Agora, a partir de 25 de abril de 2012, reativo com um outro nome e reformulado para atender uma outra proposta. Abaixo farei um breve exposto sobre esta nova proposta.

Muito bem, o blog atenderá a funcionalidade da maioria dos blogs de professores. Seus conteúdos serão sobre postagens de História mas não se limitará somente a isso, também discutirá sobre outros assuntos dignos de serem pensados.

Referente ao conteúdo postado aqui, teremos como tópicos de referência para os visitantes acharem os conteúdos facilmente e ao qual desejam:
- a velha divisão historiográfica do tempo (Idade Média, Idade Moderna, América Latina etc, acrescidos de outras que se julguem necessários);
- Histórias Marginais;
- História Política do Futebol;
- Filmes Recomendados;
- Bandas com teor filosófico; (sujeito a alteração do nome do tópico)
- Reflexões.
 
 
Em Histórias Marginais teremos postagens sobre assuntos relegados ou esquecidos pelo mundo acadêmico, como assuntos sobre Reforma Agrária, Máfia etc; em História Política do Futebol - o assunto inédito, original, que os outros blogs de professores de escolas não possuem - fatos do mundo do futebol, em que dirigentes, jogadores ou torcedores por meio e usando o nome do futebol, se envolveram na política, deste modo, mostrando que o futebol não é só "oba oba", que tem uma importância no mundo político, figurada por uma minoria, eu sei, mas ainda assim muito relevante no cenário político dos seus países; em Filmes Recomendados, postagem com indicação de filmes de história que tem compromisso com a fidedignidade, ao mesmo tempo farei uma análise sobre o filme e o contexto retratado neste; em Bandas com teor filosófico, não preciso explicar o que conterá, é auto explicativo, somente salientar que também terá a devida análise da banda, que geralmente será uma de Hardcore, que também não deixa de ser uma indicação minha; e, em Reflexões, todo tipo de reflexão filosófica que ultrapasse a envergadura da História, onde serão ditas verdades que não soam bem aos ouvidos sensíveis da maioria, verdades que na maioria das vezes entrarão em confronto com assuntos polêmicos de diversas categorias.

É nisto que se fundamenta o blog História Subversiva. Espero que aproveitem a estadia.